sábado, 12 de outubro de 2013

É outro nipe man!

Tipo, quantas vezes não nos vimos presos pela distância a um patamar? Não refiro-me somente ao dinheiro, mas em aparência, inteligência, gosto, religião, etc. O triste que ao citarmos a palavra patamar já nos referimos a um nível, mais alto, claro. Um exemplo de que um patamar, em certos aspectos da vida, nos impossibilita de alguns objetivos: inteligência. Eu, não sou lá muito inteligente, sou do tipo que tem dificuldades para tirar sete numa prova de álgebra sobre funções. Não posso imaginar com muita esperança um amor entre mim e um homem bem formado em algo que exige no mínimo um cérebro bem "malhado", como medicina. Cara; um homem inteligente assim vai querer uma mulher inteligente, certo?

E eu. Eu com um gosto refinado para música (haha) não vou querer um homem que ouça pagode, não gosto de pagode, porque na minha cabeça, nesse aspecto, eu estou num patamar mais alto que o dele. E num relacionamento tem de haver igualdade, ninguém pode estar num patamar mais alto que o outro; e se vocês não gostam da mesma música e consideram o gosto do outro a baixo do seu, então para estarem juntos tem de estar em cima de pelo menos um patamar em comum. Se ele é mais inteligente, você tem o gosto melhor, então na aparência vocês são iguais, ou em sei lá o quê outra coisa.
Não sou igual a minha amigas, umas são mais inteligentes, outras mais bonitas, outras mais simpáticas, outras mais estilosas, mais talentosas. Compartilhamos nossas qualidades no máximo entre duas, então porque estamos todas juntas?
Porque pensamos igual. Uma amiga minha é mais bonita que eu, só que ela pensa que é bonita igual; se ela soubesse que é mais, andaria com as que se consideram mais bonitas. Eu sou mais inteligente que minha amiga, prova por prova isso é comprovado, mas eu a considero tão capaz quanto eu, por isso estou com ela e não com as que se consideram mais inteligentes que o resto. É tão complexo, mas a amizade TAMBÉM é formada por isso.

Não é em que patamar realmente estamos, mas em qual consideramos estar.
Então se você anda com gente burra, chata, é porque você está se considerando mais burra e chata do que realmente é. E entenda que se você foi rejeitada por alguém é porque realmente não estão no mesmo patamar, e se em um aspecto essa pessoa estava mais alta que você, em outro você estará mais alta.
Não estou dizendo loucuras do tipo: você decide o quão inteligente, bonita e simpática é. Afinal tem coisas que não conseguimos controlar, e outras que controlamos até um certo ponto. Mas o negócio não é fingir ser mais bonita, inteligente e simpática do que você é, o negócio é não se considerar menos do que é.
Afinal se considerando grande demais o máximo que pode acontecer é você cair ao tentar pular para um patamar inalcançável para suas qualidades, como tentar namorar um cara beém mais inteligente e que não vai te dar bola. Mas se você se colocar sempre num nível abaixo do que o seu, vai passar a vida com os outros pisando em você.
 Considere-se grande, e antes seja alguém que supera as expectativas do que alguém que nem sequer chega a sonhar com elas.


                                                                                                                CL - The Baddest Female

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Impotentemente apaixonada.


Era uma vez uma garota nem feia nem bonita, nem burra nem inteligente, nem legal nem chata. Era uma garota vivendo sua vida normalmente, com pequenos problemas que todo mundo tem. Mas ok, ela tinha um valor, afinal todo mundo tem algo de especial ou pelo menos uma personalidade. Essa garota (a quem vamos chama de Ana) tinha sua características combinadas; era generosa, espontânea, simpática, mas também era mandona, orgulhosa e sua paciência era algo que precisava ser treinado há tempos.
Um dia Ana se apaixonou.


E Ana nunca tinha se apaixonado. E Ana nunca tinha sentido aquilo, e ela não sabia como lidar, não sabia o que fazer, e quando decidia, não conseguia. Estava tão... impotente! E isso doía para o orgulho de Ana, e para seu jeito mandão também. Viveu acostumada a estar sempre no controle, sempre apontando o dedo e decidindo o quê ia acontecer na sua vida, quando quisesse, como quisesse. Mas agora não dava, ela não decidia mais nada.
Era... seu coração?
Por favor....corações não decidem!
Mas quando seu coração (e como é bobo seu coração) resolve escolher alguém, então você perde o comando, e fica assim, como Ana: impotente.
E Ana sonhava com ele toda noite, e mirabolava os planos mais românticos e doidos imagináveis, e suspirava, e se arrepiava ao avistá-lo, e murchava quando o perdia de vista, e... meu Deus! Como poderia conviver com isso pela eternidade sem nem nunca ter certeza de nada: se isso daria certo ou não, se eles dariam certo ou não!?
Então ela decidiu; colocaria o orgulho um pouco de lado pra conseguir sanar a dúvida, por mais doloroso que fosse o resultado.
Ela tentaria!


E ela tentou, nada saiu exatamente como planejado, e eles mal conversaram. Ela não tentou com o máximo afinal, mas estava sendo difícil pra ela, era uma situação vulnerável, e nunca vivera aquilo, e suas amigas também não (nunca haviam se apaixonado, e as que haviam eram tão arriscadas e acostumadas a ficarem vulneráveis),e ela tinha que juntar forças sem ter noção direito do que ia encarar.
E estava cada vez mais apaixonada...
Mas na hora ela não conseguia... ela travava, seu coração pulava sua mão tremulava e suava, e o medo de errar era incontrolável. E ela acabava por não tentar.
Mas e depois? Depois Ana lamentava-se em casa por não ter tentado, por não ter se arriscado a errar, não ter arriscado seu sentimento, não ter corrido o risco de errar a ponto de perder sua imponência. E ela lamentava, porque a dúvida ainda não estava sanada; daria certo? Ele e ela, um dia?


Acontece que Ana nunca saberia a resposta, e não vai saber se continuar a se entregar só de corpo e não de alma também.
Então é isso: ou ela vive com sua impotência sem nunca saber o que ele pensava, vive com aquela paixão sem fim, sem certo nem errado; ou ela arrisca tudo, arrisca um chute, um fora, um choro doído, uma noite lastimável, e vê, afinal no que essa paixão (tão nova) poderia dar...


E Ana jurou, e Ana vai tentar, porque mesmo sendo mandona, muito orgulhosa, e estando mais impotente do que jamais esteve na vida: Ana tem coragem.



                                                                                          The Killers - Here With Me




PS:. E afinal, Ana está apaixonada, e o que uma boa e verdadeira paixão não derruba?
             

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Não é orgulho, é amor próprio.

Tipo um orgulhinho irritante.
E quem se atreve a derrubá-lo? Eu que não. Mas deveria...
Pra discutir o porém do orgulho em nossas vidas é necessário um cenário para representá-lo.
E nada melhor do que relacionamentos!
Temos Serena, uma orgulhosa de nascença, e que vai ser orgulhosa até a morte, a não ser que algum milagre aconteça.
Acontece que orgulho não é algo desprezível, é algo bom e necessário para nossas vidas, e até certo ponto ( o ponto saudável) ele é o que chamamos de amor próprio, mas em algumas pessoas esse amor é muito grande, passa do ponto e vira um orgulho quase doentio.
Bom agora vou mostrar como esse orgulho/amor próprio as vezes é bom e as vezes não.
Serena com seu jeito sempre se recusara a correr atrás de qualquer um, sejam paixões ou amizades. Então quando brigava com alguém era a última a pedir desculpas, e mesmo quando dava mancada sozinha se recusava a concertar ou se redimir. Por conta disso as pessoas se cansavam de ter relacionamentos com ela, fossem qual fossem: amizades ou namoros.
Mas Serena dava seus jeitinhos de conseguir as coisas sem descer um degrau sequer da sua escada de orgulho.

É claro que conseguir as coisas sem afetar em absolutamente nada seu orgulho é algo muito bom. Todos gostamos do tal amor próprio, quem tem e quem não tem. Acontece quem nem sempre isso é possível, e vai chegar um momento na sua vida que terá de escolher entre seu orgulho ou uma amizade, ou um namoro, um sentimento, uma satisfação.
Então algo terrível começa a acontecer, você entra em conflito interno. Um conflito desgastante, é escolher entre você ou o outro. E muitas vezes o outro é a melhor opção.


Acontece que todo mundo gosta do amor próprio e quando você deixa de afetar o seu a outra pessoa afeta o dela em sacrifício, e ninguém aguenta ficar se sacrificando, sem parar.
Mas é tão difícil...
Você está louca para chamar aquele cara pra sair, mas seu orgulho grita fazendo você se recusar a tal situação vulnerável.
Você está morrendo de saudades daquele amigo com quem brigou por algo tão bobo, mas seu orgulho grita para você se recusar a pedir desculpas, porque desculpas são para os fracos sem amor próprio.
Você quer tanto aquele namoro de volta que se desmanchou por um motivo tão fútil, mas seu orgulho grita para você se recusar a se rebaixar a tal nível e correr atrás de alguém, que talvez te negue.
E por dentro você está desabando...


Agora posso explicar a diferença entre amor próprio e orgulho. Pois não são as mesma coisa, e nem muito parecidos são.
Amor próprio é quando você se ama, e ama que os outros te amem. É  quando você pensa no seu bem-estar, e se for necessário pedir desculpas para seu amigo para ser feliz de novo, e se for necessário correr o risco de um não para se acalmar, e se for necessário correr atrás do ex-namorado para ter certeza; então você vai se desculpar, vai correr o risco e vai correr atrás. Para se sentir segura, as vezes triste, mas sem dúvidas ou vontades. É amor próprio, é pensar nos seus sentimentos, na sua real dignidade, e em como ser feliz.
Orgulho é quando você para de pensar no outro, e para de pensar no seu bem-estar, para pensar na sua imagem. Porque você não vai ferir seu orgulho pedindo desculpas, e vai viver triste sem aquele amigo, e você não vai arriscar seu orgulho convidando alguém par sair, mas vai dormir com vontade, e você não vai pisar no seu orgulho correndo atrás de quem sente falta e te deixou, mas vai dormir chorando. Você vai estar intacta, não terá descido um degrau sequer da sua escada de orgulho, estará com a cabeça batendo no teto, com o orgulho impenetrável sendo exibido para todos, como uma imagem de poder, auto-confiança, e... amor próprio, um falso amor. Porque por dentro você está derrubada, está triste, com vontade, com saudades e solitária. E tudo a merce do orgulho.
Então será que ele vale tanto a pena assim?


Ninguém quer ser como Serena, que finge desligar os sentimentos para parecer imponente. Ela está no topo da escada, acima de todos, não desce degrau algum para ninguém. Mas ela está lá em cima, sozinha, porque o resto está lá embaixo sendo feliz.
Deu pra entender certo...?
Agora é só decidir se quer bater com cabeça no teto como uma rainha, ou desencanar e viver descendo degraus pelos outros, pela sua felicidade.


Uma pessoas orgulhosa é como um lustre imaculado de cristal, sem lampadas internas para iluminá-lo.

     Tenha orgulho, mas não bata a cabeça no teto.


E mesmo parecendo no controle de tudo, Serena chora.



                                                                   Likke Li - Get Some

                                                                                    Lana del Rey - Summertime Sadness